Fiz então uma espécie de caixa preta. Dentro usei vários LEDs que à medida que a pessoa girasse o cilindro diferentes cores acenderiam.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Objeto com circuito
Fiz então uma espécie de caixa preta. Dentro usei vários LEDs que à medida que a pessoa girasse o cilindro diferentes cores acenderiam.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Trabalho de Intervenção - Abrigo
Definido o tema do nosso abrigo, que é sobre o olhar da cidade, resolvemos elabora-lo.
Com esse trabalho pretendemos fazer com que as pessoas passem a ver a cidade com outros olhos, pretendemos ampliar sua visão a cerca do que está ao redor, ampliando, distorcendo e até mascarando a cidade. Queremos que assim se sintam mais próximas do lugar em que vivem e convivem todos os dias. Idéias
1) Este modelo é um aparelho composto basicamente por espelhos em uma estrutura. São espelhos côncavos na qual a pessoa que utilizar poderá escolher quantos colocar e onde. Os sensores servem para girar, abaixar ou levantar o aparelho. Em lugares que não tem espelhos, há uma superfície metálica.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Projeto de intervenção
domingo, 16 de maio de 2010
Guto Lacaz
Dentre seus inúmeros trabalhos, os que mais me chamaram a atenção foram: o relógio lúdico, que difente do comum não marca a hora como os outros; o Eletro Esfero Espaço de 1986
“Minha primeira instalação consistiu de vinte e seis aspiradores de pó dispostos em duas linhas de treze unidades cada, de maneira a produzir ar sob pressão fazendo com que 26 esferas flutuem no ar. Na entrada, o visitante recebe um "walk man" com a trilha sonora "Tannhauser" de Richard Wagner e atravessa o corredor pelo tapete vermelho. Este trabalhoproduz grande felicidade para os que o vivenciam, pois cada um se sente homenageado por esta guarda de honra inusitada”. A sensação que causa parece indescritível. O fato das
bolinhas flutuarem apenas com o uso do aspirador de pó simbolizando a guarda de honra é muito interessante. O efeito que cria, a escolha da música e do tapete vermelho realmente parecem criar uma ótima sensação.
Outro trabalho interessante, da categoria objetos, é o chamado A Terceira Margem do Rio, inspirado na obra de Guimarães Rosa, da qual vale a pena saber a história: trata de Um homem de meia-idade que deixa sua familia e amigos para viver isolado em uma canoa no meio de um rio, na região central do Brasil, e jamais volta a pisar em terra firme. Seu único contato com as pessoas acontece através de seu filho Liojorge, que lhe deixa comida na margem do rio. Os anos se passam e a filha Rosário casa com um rapaz da região e vai morar na cidade. O filho também casa, mas decide permanecer com a mãe e continuar levando diariamente a comida para o pai invisível. Quando nasce Nhinhinha, a filha de Liojorge, e que tem poderes mágicos, o rapaz resolve levá-la até a beira do rio para apresentá-la ao pai. A obra consiste em dois barcos coloridos e um espelho que reflete um dos barcos fazendo parecer que são três. O interessante nesse trabalho é que um barco foi pintado com duas cores, de modo que com o espelho ficou parecendo dois barcos. Outro ponto positivo e comum em seus trabalhos é a possibilidade de interação.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Amilcar de Castro
“O inventado é um todo sem resto.”
(Amilcar de Castro – 1920/2002)
São muitas as entradas para se conhecer a obra de um artista como Amilcar, em todas elas teremos coisas em comum e incomuns, entretanto, um ponto de referência se sobressai em todas: “o que interessa não é a figura, a referência ao mundo objetivo, mas a sua relação viva e orgânica com o espaço”.
Amilcar foi o artista e, ao mesmo tempo, confundiu-se com sua matéria de trabalho, este outro incorporado como extensão do próprio corpo: iron man.
Suas obras revelam uma identidade cunhada pelo desenho e pelo fascínio das dimensionalidades. O desenho foi a preparação para o encontro com a tridimensionalidade, uma descoberta espacial e foi, concomitantemente, o encontro consigo mesmo.
A dobra de Amilcar de Castro não permitia a presença do erro, pois o que evocava, mesmo com a participação do erro, era obra inaugural, im-pre-vista. O gesto que resultava no im-pre-visto absorvia/absolvia, pelas mãos do justo e do não desperdício, o que poderia ser equívoco e o transformava em elemento constitutivo do processo criativo. O erro virava, dentro de sua poética escultórica, anagrama do ferro.
Torcer é também desejar que algo aconteça, no caso de Amilcar, algo de bom e duplamente justo: no sentido da justeza e da correção, posto que nada sobra no justo movimento de sua dobra. Dobrar a ferro e fogo é re-significar o perene, construir uma nova permanência no espaço: solitária e majestosa – e no tempo: tornar-se uma evidência ferruginosa. A dobra duplicou e continua a duplicar o que é poético em Amilcar. Seu olhar antecedia o gesto, modificava poeticamente a matéria e possibilitava o imprevisto. O desenho que anunciava o corte e a torção expunha a tensão, o calor, a fissura a que a matéria seria submetida. Sua dobra era um contínuo ato de agregar leveza ao peso na essência da obra.
A ferrugem aparece como rugas e anuncia a mudança/processo previsto da própria escultura. É incorporada como elemento caprichoso do tempo que cuida de registrar na obra sua história, história que, na lentidão de suas obras e na firmeza de seus traços, preencherá de olhares e gestos afetivos a memória. É a mancha do tempo anunciando o passar indelével de uma paisagem ao mesmo tempo espacial e temporal.
Amilcar encarou o trabalho duro e soube, também, que não seria mole o encontro com um outro (ele mesmo) no resultado da obra. Sabia e afirmava que suas obras eram a mesma e única obra, que nasceu do corte e da dobra, desde a primeira. Sua última obra é extra-semelhante e não idêntica à primeira. Escultura é Corte e Dobra, Torção e Adição. Depois é o existir autônomo, porém dependente, da obra. Dependente porque a ferrugem que come o ferro deglute volitivamente a transformação permanente da obra, que se resignifica na permanência e nos deslocamentos, na subjetividade do olhar de hoje e de amanhã. O corte e a dobra do ferro, ou só a dobra, forma(m) uma estrutura que é exibida como imagem de um mundo vivo, que quer continuar vivo, exposto ao ar, alimento que gera vida. O viver da obra traz consigo sua contradição, pois esse oxigênio que sopra vida, que penetra a obra é o mesmo que anuncia vagarosamente seu fim. Amilcar sabia disso desde o início, que dessa natureza dúbia sairia um jogo entre a vida e a morte, que dessa dureza sairia a leveza que faz com que a gente continue a vê-lo vivo e vibrante na profundidade da sua obra, e que a ferrugem é, agora, o símbolo do suor de suas mãos estóicas.
Minas Gerais é terra-mundo, é casa-vida. Aqui, entre montanhas minerais, Amilcar construiu, a partir de seu olhar construtivo, uma geometria de formas inaugurais, uma geologia do gesto duro, uma filosofia da sustentabilidade da dobra, ecológica no uso, econômica na representação. Nesses gestos impressos na folha branca, na tela, na madeira, no mármore, no cobre, na matéria pesada do ferro (principalmente), que carrega no próprio signo verbal a propagação das sensações de peso, massa e densidade, Amilcar revela sua contraface estrutural: leveza e equilíbrio. Através da mão que desenha “o espaço na medida do sonho”.
Amilcar, o poeta do espaço, fez da obra seu signo escrito no tempo e na matéria página da vida. Ele dobra o ferro, vira obra; ele desdobra a obra em palavras, vira poesia. Sua poesia dialoga com sua obra, expondo as veias abertas de sua intenção maior: esculpir como quem sonha, dobrar como quem brinca, cortar como quem separa e junta vazios, desenhar como quem faz poesia. Através de suas esculturas, fez uma inversão seminal que traz, ad infinitum, a permanência da obra na estrutura da matéria: o ferro. Matéria que permanece velada pela contradição, uma permanência que se inscreve na modificação edificada pelo tempo e pelo espaço. Alcançou uma continuidade anteriormente intransponível entre o risco – o desenho que marca no papel a obra – e a materialidade exigida pelo real, a obra em si mesma.
Amilcar de Castro foi autor de uma obra memorável. Seu risco, seu corte, sua dobra sustentável são a manifestação mais pura de um ser vivo e pensante, que pulsa na origem do que é mineral.
Mais algumas de suas frases:
"Escultura é a descoberta da forma do silêncio onde a luz guarda a sombra e comove."
"Desenho é o espaço na medida do sonho."
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Neste trabalho precisávamos fazer um objeto interativo a partir de um objeto que o colega havia levado. O meu foi inspirado no chaveiro de Marina Retes que possuia vários chaveiros de outros países trazidos por amigos. Com isso tive a ideia de fazer como se fosse um carrossel. As faixas coloridas são como as bandeiras de alguns dos países visitados. Inicialmente havia colado as fotos na base do carrossel de modo que quando girasse mostraria as fotos. Mas assim estava tudo muito preso. Resolvi, então, colar essas fotos em ímãs possibilitando o movimento das fotos que podiam ser retiradas e colocadas nos parafusos por exemplo. Outra coisa que mudei foi o material e a escala da base. Antes era com papel de seda colorido e maior. No final a idéia era fazer todo o objeto livre, que pudesse movimentar, diferente do chaveiro em que tudo era preso.